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Por que usar notas comerciais na estratégia de captação de recursos no setor de saúde suplementar?

Chegamos ao final da nossa trilha de conteúdo sobre os mecanismos de financiamento para projetos e empresas no setor de saúde suplementar. Finalizamos a apresentação das estratégias com o mais recente formato de captação via mercado de Capitais: emissão de Notas Comerciais – NCs.

A captação via Notas Comerciais -NCs é um mecanismo muito similar ao da emissão das Debêntures pelas empresas do tipo Sociedade Anônima – S.A.  O modelo já era disponível ao mercado, entretanto, as Cooperativas Médicas e empresas limitadas não tinham a permissão para a emissão das notas comerciais.

Com a alteração regulatória, ocorrida com o advento da Lei 14.195 de Agosto de 2021 (Art. 45), as Cooperativas (de todos os tipos) passaram a poder emitir esse tipo de título de dívida no mercado de capitais, com a possibilidade de acessar recursos financeiros diretamente com os investidores.

Ao longo dos últimos e-mails comentamos sobre a importância do mercado de capitais para o desenvolvimento do país, especialmente para financiamento de projetos e empresas. Pois bem, com essa possibilidade de captação de recursos para as cooperativas, abre-se um novo e importante caminho de crescimento para as cooperativas e empresas no setor.

Em termos conceituais, a Nota Comercial representa um “título  de crédito não conversível em ações, de livre negociação, representativos de promessa de pagamento em dinheiro, emitido exclusivamente sob a forma escritural”.
Em outras palavras, representa um título (equivalente a uma parte) de uma dívida para o emissor (a empresa que recebe o recurso) e um título de crédito para o investidor (quem aporta o recurso financeiro).

Diferentemente dos Certificado de Recebíveis Imobiliários – CRI, a NCs não precisa estar vinculada às operações imobiliárias. Portanto, pode ser utilizada para financiar qualquer tipo de projeto e, até mesmo, ser utilizada para financiar o capital de giro ou para a reestruturação da dívida.

O quadro abaixo compara a diferença entre os modelos de captação de recursos similares via emissão de dívida no mercado de capitais. 

O modelo de captação via NC ganhou espaço rapidamente no mercado financeiro. Desde a alteração da norma, já foram captados cerca de R$ 20 bilhões por esse instrumento, conforme evolução apresentada no gráfico abaixo:

A XVI já assessorou a primeira operação de captação por esse instrumento por uma Cooperativa no Brasil. Em maio desse ano, a Unimed Juiz de Fora utilizou esse instrumento para captar R$ 100 milhões de reais para reestruturação da sua dívida.

Em breve, muitas outras Unimeds irão utilizar esse instrumento para a reestruturação de dívidas. As cooperativas médicas possuem um estoque de dívida atual de R$ 2,5 bilhões, podendo utilizar essa estratégia para reduzir o custo da dívida atual e/ou alongar os prazos contratados.

O instrumento é tão relevante que no final de  agosto/22, a Petrobras anunciou que irá captar R$ 3 bilhões de reais por esse modelo, preferindo utilizar essa estratégia ao invés da emissão de debêntures (já que por ser uma companhia do tipo Sociedade Anônima ela também pode emitir debênture).

Dessa forma, com a utilização das Notas Comerciais – NCs também por grandes empresas, o modelo deve se popularizar e ganhar ainda mais atratividade com investidores, ampliando a oferta de recursos financeiros para empresas.

Espero que tenha aproveitado a trilha de conteúdo. Nessa edição, destaquei a temática da estrutura financeira de cooperativas do segmento de saúde suplementar, cujo planejamento reflete de maneira estratégica no mercado.

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