Boa tarde, caro leitor!
No dia 02 de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados trimestrais do PIB e, com os resultados, começou-se a discutir a situação de recessão técnica no país. O que isso quer dizer? Responderemos essa e outras dúvidas no texto de hoje.
Além de divulgar a variação negativa em 0,1% no terceiro trimestre de 2021, o IBGE revisou a mesma informação do segundo trimestre. O novo dado aponta a variação negativa de 0,4% no segundo trimestre, ante a informação de 0,1% divulgado anteriormente. Diante da queda em dois trimestres consecutivos, economistas denominam o fenômeno de “recessão técnica”.
Isso não quer dizer que necessariamente o Brasil esteja em recessão. Funciona como um sinal de que a economia está patinando e algo não vai bem. Uma recessão tem caráter natureza mais duradoura.
Parte da redução no nível de atividade econômica pode ser atribuída por uma queda no consumo, o que é corroborado pelas pesquisas de varejo e serviços. Ainda, as decisões de consumo e investimentos são negativamente influenciadas pela alta dos juros e incerteza quanto aos próximos anos no país.
Antes, como definimos uma ‘recessão’?
De forma simples, a recessão é quando o país entra em um ciclo econômico de encolhimento, ou seja, há uma redução na atividade econômica. Neste contexto, o país passa por uma queda na produção e no poder de compra.
Diferente da recessão técnica em que se considera apenas um único fator (a variação do Produto Interno Bruto (PIB) por dois trimestres consecutivos), a recessão inclui vários fatores e comportamentos em setores diferentes. Para o caso de uma recessão, são considerados o ambiente macroeconômico atual, a produção industrial, a taxa de desemprego, a renda familiar média e outros.
A recessão é um agravamento da recessão técnica e caracteriza-se por um momento de forte impacto na economia do país.
O Brasil já viveu recessão técnica outras vezes?
Sim, no ano passado (2020) com o início da pandemia a economia brasileira reduziu-se 2,3% e, em seguida, 8,9%. Ademais, o fenômeno já ocorreu em outros momentos de crise como 2015 e 2016.
Como foi o desempenho de outras economias?
De acordo com a Austin Rating, o crescimento da economia brasileira no terceiro trimestre ficou aquém do desempenho apresentado por outros países emergentes como Peru, Colômbia, Chile e China e de países desenvolvidos como Estados Unidos e Espanha.

Qual a expectativa para a economia brasileira em 2022?
Apesar de patinar, conforme introduzido anteriormente, a economia brasileira deve apresentar crescimento modesto em 2022, conforme apontam algumas instituições financeiras e de pesquisa.
As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para um crescimento tímido da economia brasileira no ano de 2022, em torno de 1,5%. Tal desempenho, também de acordo com a entidade, fica aquém da média mundial, da América Latina e das economias emergentes.

Diante disso evidencia-se o desafio que o país terá para retomar o caminho de crescimento sustentado e geração de riqueza.
Espero encontra-lo novamente em uma próxima publicação!