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Dólar apresenta mais motivos de chegar a R$ 7 do que a R$ 5, segundo Wells Fargo

Caro(a) leitor(a),

Listamos como destaques na publicação de hoje: motivos pelos quais empresas brasileiras optam por abrir capital nos Estados Unidos, declínio da intenção de consumo em novembro, Wells Fargo pontua que o dólar apresenta mais motivos de chegar a R$ 7 do que a R$ 5. Além disso, também trataremos de assuntos no âmbito externo como, a indicação de Powell ao posto de presidente do Fed e o fato de a Austrália ter reaberto sua fronteira para estudantes e trabalhadores estrangeiros.

Boa leitura!

Motivos pelos quais empresas brasileiras optam por abrir capital nos Estados Unidos

Nos últimos anos o Brasil observou diversas empresas locais abrindo capital em bolsas estrangeiras, principalmente as sediadas nos EUA. Na NYSE, além do Nubank (que pretende abrir capital em dezembro), outras companhas já concluíram esse processo, como a mineradora Nexa Resources (2017), a operadora de meios de pagamentos PagSeguro (2018) e a companhia de software/comércio eletrônico VTEX (2021). Já na Nasdaq tivemos a abertura de capital da Stone em 2018, além do IPO da XP Investimentos no ano seguinte.

A internacionalização da marca é apenas um dos motivos que levam empresas a abrir capital em outros países. Outros fatores que contribuem para este movimento são:  legislação mais flexível, maior visibilidade, contato com os maiores investidores do mundo, maior volume de negociações, mercado desenvolvido e com múltiplos mais altos, o que possibilita para os controladores maiores lucros nas emissões de ações.

Enquanto o Brasil possui apenas 400 empresas listadas em bolsa e 3,8 milhões de investidores em ações, os Estados Unidos possuem mais de 160 milhões de habitantes que investem direta ou indiretamente no mercado acionário. Além disso, apenas a NYSE possui mais de 2,8 mil empresas listadas, enquanto a Nasdaq possui outras 3,3 mil, evidenciando o maior desenvolvimento e amplitude do mercado de capitais americano.

Nos Estados Unidos é permitida a emissão de ações “super voting”, que proporciona ao acionista detentor maior peso nas votações da companhia. Assim, acionistas que possuem parcela pequena do capital de uma empresa podem ter maior poder sobre as decisões dela.

No Brasil, este tipo de ação não existe. Atualmente, as empresas brasileiras listadas no Novo Mercado, que possuem um “selo de qualidade” por seguirem inúmeras práticas de governança corporativa, podem emitir somente ações ordinárias, conhecidas pela regra “uma ação, um voto”. Assim, com a abertura de capital e a aquisição das ações por novos investidores, os fundadores precisam deter a maioria das ações para controlar a companhia.  Consequentemente, oferecem no mercado um número reduzido de ações e embolsam um capital menor do que poderiam. Ao emitir ações no exterior, portanto, os controladores arrecadam mais recursos e mantém seu poder decisório por conta das “super voting”.

A intenção de consumo no mês de novembro apresentou declínio de 0,9%

Em sua nova pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) registou, em novembro, um declínio de 0,9% na disposição a comprar em comparação ao mês de outubro.

De acordo com a coordenadora do estudo da CNC, o cenário econômico e político do Brasil faz com que as famílias ficassem mais pessimistas quanto ao futuro, algo que impacta diretamente na forma com que direcionam seus gastos. Ademais, o estudo também apontou que os aumentos crescentes da inflação e da taxa básica de juros contribuem para a maior cautela na hora de consumir. 

Wells Fargo pontua que o dólar apresenta mais motivos de chegar a R$ 7 do que a R$ 5

O banco americano Wells Fargo realizou uma análise sobre a moeda brasileira. Apesar da constatação de que a regra fiscal ainda não foi violada, o banco chamou atenção para a possibilidade de aumento de gastos conforme as eleições nacionais se aproximam.

Ao passo que a dívida e os rumos fiscais do país passarem a entrar em declínio, o ânimo dos investidores brasileiros também se deteriorará, o que pode intensificar a desvalorização da moeda local. A instituição pontua que a violação no teto de gastos também pode ser fator determinante para a depreciação do real. Neste cenário, o dólar teria cada vez mais chances de atingir o patamar histórico de R$7,00.

Por outro lado, para que a moeda nacional venha a se fortalecer com o tempo, é necessário compromisso consistente com o teto de gastos e com a agenda de reformas econômicas.

A instituição destacou que limitações de gastos favorecem fluxos de entrada de capital estrangeiro no país e, consequentemente, a sustentação da moeda. Com equilíbrio nas contas públicas e responsabilidade fiscal, o câmbio poderia permanecer próximo a casa dos R$5,00.

Powell é nomeado para novo mandato no FED

O presidente americano Joe Biden nomeou o atual mandatário do Federal Reserve (o “banco central americano”), Jerome Powell, para um segundo mandato à frente da instituição. A deliberação leva em conta a experiência do ex-banqueiro de investimentos, que deverá concluir a mais importante reformulação de política monetária dos Estados Unidos.

A nomeação de Powell ainda deverá ser confirmada pelo senado americano, atualmente controlado pelo partido democrata, o mesmo de Biden. Quanto ao cargo de vice-presidente do FED, a indicada foi Lael Brainard que, de acordo com a Casa Branca, já integra o atual conselho da instituição.

Ademais, o presidente do EUA afirmou: “Embora ainda haja mais a ser feito, fizemos um progresso notável nos últimos 10 meses para fazer os americanos voltarem ao trabalho e para colocar nossa economia em movimento novamente. Esse sucesso é uma prova da agenda econômica que persegui e da ação decisiva que o Federal Reserve tomou sob a presidência de Jerome Powell”. “Não podemos simplesmente voltar para onde estávamos antes da pandemia, precisamos reconstruir nossa economia de forma melhor. Estou confiante de que o presidente Powell e a vice Brainard se concentrarão em manter a inflação baixa e os preços estáveis, e proporcionar pleno emprego que tornará nossa economia mais forte do que nunca”, completou.

Para reativar a economia, Austrália reabrirá fronteira para estudantes e trabalhadores

A partir do início de dezembro a Austrália autorizará alunos e trabalhadores estrangeiros a entrarem no país. O principal objetivo deste movimento é reativar a economia nacional e as viagens internacionais. 

Para conter a disseminação da Covid-19, a Austrália está com a sua fronteira internacional fechada desde maio passado, liberando a entrada no país apenas para cidadãos locais. Tais normas, até então rígidas, agora se tornam mais flexíveis com a permissão da entrada de estudantes, trabalhadores e familiares de estrangeiros residentes no país. Assim, busca-se amenizar os efeitos da escassez de mão de obra, que ameaça a recuperação econômica local. O valor estimado que estudantes estrangeiros geram para a economia do país gira em torno de 35 bilhões de dólares australianos (cerca de US$ 25 bilhões) ao ano. Com o fechamento das fronteiras, muitas faculdades australianas tiveram que demitir centenas de colaboradores, visto que o fluxo de estudantes caiu drasticamente. Tais universidades dependem de alunos estrangeiros, que correspondem a 21% do total de matrículas no país.

Apesar dos prejuízos gerados pelas restrições, o país registrou baixos números de casos de Covid-19 (200 mil) e de mortes pela doença (1.948), valores proporcionalmente inferiores à média mundial.

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