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Inflação no Brasil atinge maior patamar desde 2015

Caro(a) leitor(a),

Destaques da semana: Inflação no Brasil atinge maior patamar desde 2015; Crise política no Cazaquistão; Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é criticado por promover aglomerações durante lockdown.

Boa leitura!

Inflação no Brasil encerra 2021 em 10,06%, maior patamar em 6 anos

Após acumular alta de 0,73% no mês de dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação no Brasil, encerrou em 2021 com elevação de 10,06%. Trata-se do maior patamar do índice desde o ano de 2015, quando o IPCA acumulou alta de 10,67%, em um ano marcado por turbulências políticas e pelo início de uma grave recessão econômica.

Ressalva-se que, por mais que a aceleração dos preços seja um fenômeno mundial por conta dos efeitos da pandemia de Covid-19, que desencadeou escassez de matérias-primas e desarranjos nas cadeias produtivas, o Brasil registrou, em 2021, a terceira maior inflação entre os países do G-20 (grupo formado pelas vinte maiores economias do mundo).

*Dados de inflação divulgados até o mês de novembro

No ano passado, o centro da meta de inflação estipulada inicialmente pelo Banco Central era de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Analisando separadamente os componentes do IPCA, observa-se que o segmento que mais pesou sobre a inflação em 2021 foi o de Transportes, com variação positiva de 21,03% no acumulado do ano. Em seguida, aparecem os segmentos de Habitação e Alimentação/Bebidas, com altas de 13,05% e 7,94%, respectivamente.  Juntos, esses três segmentos representaram cerca de 79% da variação do IPCA em 2021.

Dentro dos Transportes, o que mais pesou foi a alta nos preços dos combustíveis, com o etanol acumulando alta de 62,23% e a gasolina de 47,49%. Já no segmento de Habitação, os principais aumentos foram de 36,99% no preço do botijão de gás e de 21,21% no custo da energia elétrica. Por fim, dentro do segmento de Alimentação/Bebidas, destaca-se as altas nos preços do café moído (50,24%) e do açúcar refinado (47,87%).

Crise política abala Cazaquistão

Nos últimos dias, milhares de manifestantes tomaram as ruas do Cazaquistão, país localizado na Ásia Central, em protestos contra a alta no preço dos combustíveis e em oposição às políticas autoritárias do governo do presidente Kassym Tokayev.

A velocidade de propagação das manifestações chamou a atenção na região, bem como a escalada de violência no país. No aeroporto de Almaty, maior cidade do Cazaquistão, funcionários fugiram após manifestantes terem invadido o terminal. Além disso, segundo o governo cazaque, os protestos já provocaram a morte de 164 pessoas e detenção de outras 5,8 mil pelas forças policiais.

Rico em petróleo e em gás, bem como membro da ex-União Soviética, o Cazaquistão viu as manifestações tomarem proporções nacionais após revogação de limites para os preços do gás GLP, utilizado como combustível para carros. Com a eclosão dos protestos, o governo cazaque solicitou à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (aliança militar liderada pela Rússia e formada por países da antiga União Soviética) o envio de tropas para o país, principalmente russas, com o objetivo de conter a onda de violência.

Após manifestações pró-democracia ocorridas na Ucrânia, em 2014, e em Belarus, em 2020, os protestos no Cazaquistão se configuram com o terceiro motim popular em um país autoritário alinhado à Rússia. Vale destacar que o levante no país também é acompanhado de perto pelos Estados Unidos, que possui empresas com bilhões de dólares investidos em projetos de energia no país.

Primeiro-ministro britânico é criticado por aglomerações durante lockdown

A aprovação do governo do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está em queda após vazamento de vídeo que mostra o líder do Reino Unido em evento com sua equipe durante o lockdown, período em que a população britânica foi submetida a duras medidas de distanciamento social em virtude da pandemia de Covid-19. O vídeo causou ainda mais indignação entre os britânicos pelo fato do evento ter sido organizado nos jardins de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro,

Além disso, também foi divulgado um email do principal assessor de Johnson, Martin Reynolds que, em maio de 2020, convidou mais de 100 funcionários de Downing Street para um encontro na residência oficial do governo do Reino Unido. “Por favor, junte-se a nós após as 18h e traga sua própria bebida”. No dia do evento, as aglomerações se limitavam a duas pessoas ao ar livre, com distância mínima de dois metros.

Em pronunciamento oficial, Johnson pediu desculpas e disse que esperava que o evento fosse, na verdade, uma reunião de trabalho. Diante deste escândalo, o primeiro-ministro viu sua aprovação cair para 23%, menor patamar desde o início da pandemia. E a perda de apoio não ficou restrita apenas à população em geral. “Acho que, se ele conscientemente participou do que sabia ser uma festa, então não pode sobreviver a isso”, disse Nigel Mills, deputado do partido Conservador, o mesmo de Jonhson.

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